A história da Estação Zootécnica da Madeira Dr. Carlos Dória (EZM) começou a ser escrita a 22 de novembro de 1956, num terreno com cerca de 38 hectares, no concelho do Porto Moniz, com a ideia de criar um núcleo de recria de reprodutores da espécie bovina.

Durante os primeiros anos realizaram-se, também, ensaios de plantas forrageiras, produção de ovinos e recria de vitelos e, em 1959, instalou-se o primeiro núcleo de animais da raça Red Danish, importados do país de origem (Dinamarca), com o objetivo de fomentar a bovinicultura madeirense.

Em 1991, na sequência do encerramento da Estação de Fomento Pecuário da Camacha, foram realizadas obras de reabilitação do então Centro de Reprodução Animal, bem como da Feira do Gado do Porto Moniz, e aqui passou a existir a única estrutura oficial na Região Autónoma da Madeira com os meios e o objetivo de incentivar a produção de bovinos geneticamente superiores.

No início deste milénio, o Centro de Reprodução Animal passou a ser designado de Estação Zootécnica da Madeira (EZM), altura em que também se converteu a área agrícola ao modo de produção biológica, tornando-se na primeira instituição pública em Portugal a aderir a este modelo.

Como resultado desta aposta, nos anos seguintes, foi implementado um Centro de Compostagem, venda de carne de frango certificada e criação de galinhas poedeiras, cujos ovos foram igualmente comercializados com certificação de produção biológica.

Em 2016, após uma visita ao espaço, que se foi perdendo com o tempo, o Secretário Regional de Agricultura e Pescas, Dr. Humberto Vasconcelos, anunciou a intenção de avançar com um nova reconstrução e reabilitação da EZM, com o propósito de “marcar definitivamente uma nova página na pecuária regional”. Agora com a denominação de Estação Zootécnica da Madeira Dr. Carlos Dória, em homenagem a uma figura ímpar da pecuária madeirense, por todo o trabalho e dedicação desenvolvidos, os trabalhos de recuperação da EZM iniciaram-se no ano de 2019 e desenvolveram-se ao longo da pandemia, culminado com uma modelar infraestrutura, que se encontra, uma vez mais, ao serviço da população e dos madeirenses.